domingo, 9 de dezembro de 2007

Teclando aleatoriamente

Me lambuzo com esse doce deleite,
Brincando com as palavras,
.Infâmia inconseqüente..
Apresentando aliterações que não
passam de uma desculpa esfarrapada
que justifique o uso da trema.

Me inebria esse quebra-cabeça de orações
subordinadas adversativas com seus múltiplos
caminhos possíveis.

A retórica que pode ser ajustada.
Ora é "tapa de pelica" com afeto
Ou então "esmaga o opressor, aniquila, fulmina"

Falo de palavras com o mesmo fascínio
do exímio espadachim por sua lâmina.
As mãos que anseiam ferir
através da ferramenta cortante.
Mostrando de forma cerimonial toda letalidade latente.

Por vezes sinto um fluxo torrencial de palavras
que exigem serem escritas a um ritmo frenético de
milhares de teclas por minuto,
feito uma submetralhadora de uso exclusivo militar,
que estraçalha a esmo...
Ao arrepio das leis.

Fico então em cárcere privado.
Me acompanham os fonemas e sintaxe
num processo que não parece
ter fim.