sábado, 1 de dezembro de 2007
Reminiscências de 2006
querubim. [do hebr. kerubin, pl. de kerub, atr. do lat. cherubin.] S.f. 3. Fig. Criança muito linda
"Mergulhei na minha vida quando te conheci
Um dia de inverno no meio de qualquer outro."
(Curioso como era sempre assim:
Voltando chato da escola
Indeciso entre ligar a TV ou esperar um milagre.)
"Estávamos..."
(Não, na verdade nunca "estávamos" nada antes!
Podia ser difícil acreditar nessa tristeza
Meio angst indizível e tão juvenil.
Como se fosse uma ilha ou autista
E nunca houvera tratado semelhantes.
Ou talvez – com menos empáfia –, sentira um mundo em possibilidade,
Delirantes maravilhas incríveis.)
"Mas faltavam palavras que coubessem nas horas.
A linguagem engasgava. Palpitação mórbida."
(São tantas versões de fato
Tem aquela – ótima –
Onde simplesmente nos apresentávamos,
Passando uma noite em sociedade anônima
Bebendo e fumando cultura pop.)
(São várias folhas em branco
Escritos os nomes em linhas gerais
E algumas indicações de palco.)
(Confesso que o improviso estranho
Deu sabor meio engraçado
Àquela madrugada de agosto.)
“Melhor seria não fosse o triálogo desequilibrado
A vexar o concerto.”
(Ah, mas isso é puro recalque!
Pra ser sincero,até gostava do cara.
Sem ironia: mais uma vez agradeço,
Com ironia: seu arquétipo tem lugar garantido.)
(Não faço questão de mal nem me desculpo.
Somos (eu, você e o acaso) co-autores
E responsáveis pelos feitos.)
[8-nov-2006 às 16h17min]