Vez por outra a desgraça me comove
E mesmo contrariado, pego em armas.
Sem medo de usá-las, ainda choro.
Do conflito em escalada
Não há escapatória:
"Eu sei que vou sofrer..."
Eu sei que vou matar.
Quero sobreviver
Pelos destroços
Ressuscitar.
Vencer só por vencer
Não sei
Comemorar.
"Se há sangue correndo nas ruasHá um lado de mim nefasto
Compre ações."
Programado para matar.
Nem poético, nem democrático,
Sim truculento e implacável.
E esse barril de pólvora é apólice
que assegura minha humanidade.
É meu filhote de pitbull assassino
que se deleita ao dilacerar.
Cultivo a violência com apuro e carinho
para não sucumbir ao fascínio
para que ainda seja eficaz
e não tenha que usá-la.